sábado, 23 de abril de 2011

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Tragédia em escola no Rio de Janeiro


Wellington, em foto de documento
Wellington, em foto de documento
O assassino que friamente planejou e executou um massacre sem precedentes na história do Brasil, com 12 crianças assassinadas dentro da sala de aula, programou também como queria seu funeral. Em carta, Wellington Menezes de Oliveira exigia, entre outras loucuras, um lençol branco, e que “os impuros” não o tocassem.
Até o momento, ninguém, nem “puro” nem “impuro”, seja lá o que o perturbado assassino quis dizer com isso, reclamou seu corpo. E, se dentro de 15 dias ninguém se pronunciar, ele será enterrado como indigente – e aqui caberá um pedido de perdão a todos os indigentes, pela inclusão incidental do criminoso nessa classificação.
Wellington Menezes de Oliveira entrou para a história como o assassino de Realengo. Apesar da dura recordação que deixou aos brasileiros, ou exatamente pelo trauma que representa, sua família parece tentar esquecer desde já a tragédia e o envolvimento com o rapaz. Ninguém se lembrou de ir ao Instituto Médico Legal (IML) reclamar o corpo.
Encerrado o prazo de 15 dias para que a família procure o IML, Wellington será enterrado como ‘sepultado não reclamado identificado’. Esse é o novo termo usado para substituir a palavra indigente. Enquanto ninguém da família se manifesta, o corpo do assassino permanece na geladeira do instituto.
A primeira frase da carta deixada por Wellington era o pedido para que o seu corpo não fosse tocado por ‘impuros’ sem luvas. “Somente os castos ou os que perderam suas castidades após o casamento e não se envolveram em adultério poderão me tocar sem luvas”, escreveu, antes de matar 11 crianças na escola municipal Tasso da Silveira. Ele também pediu que fosse enterrado nu e com um pano branco. “Os que cuidarem de meu sepultamento deverão retirar toda a minha vestimenta, me banhar, me secar e me envolver totalmente despido em um lençol branco”, diz um trecho da carta.
As luvas estão sendo usadas. Não por qualquer consideração à solicitação do morto, mas por precaução do próprio IML. Também está nu, como regra do instituto. Os demais pedidos, como ser envolvido em um pano branco, só serão atendidos se alguém da família quiser enterrar o assassino.
No final da carta, usa a memória dos pais mortos para convencer os leitores a seguirem os seus desejos. “Eu acredito que todos vocês tenham alguma consideração pelos nossos pais, provem isso fazendo o que pedi.” Sem qualquer consideração pelos pais dos 11 jovens que morreram alvejados por ele, sua própria família ainda não se solidarizou com os pedidos finais do 

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Qual foi o primeiro reality show da história?

Foi An American Family ("Uma Família Americana"), produzido pela rede de TV americana PBS e exibido em 1973. O público acompanhou o dia-a-dia de um casal da Califórnia e seus cinco filhos em 12 episódios. Ao contrário dos programas atuais, o "bisavô" do Big Brother não distribuiu prêmios milionários para os participantes, mas exibiu momentos que ficaram marcados na históriada TV americana. Num episódio, a mãe da família pediu divórcio ao marido. Em outros capítulos, Lance Loud, um dos filhos – que não escondeu sua homossexualidade – chegou a usar batom e roupas femininas. O pioneirismo do programa causou impacto no público e na crítica e inspirou produções semelhantes em outros países. Em 1974 foi feito na Inglaterra um reality show chamado The Family ("A Família"). An American Family também inspirou, décadas depois, o programa da MTV The Real World, de 1991, exibido no Brasil com o nome Na Real. Ele foi um tremendo sucesso ao mostrar o cotidiano de jovens desconhecidos morando num mesmo apartamento. Mas nada se compara ao sucesso da fórmula do Big Brother, desenvolvido pela produtora holandesa Endemol e hoje exibido em 17 países. No Brasil o programa ruma para a nona edição e continua despertando a curiosidade do público. "Ele fascina porque oferece uma chance de participação, através do voto, no destino real dos competidores. É como uma gincana em que cada telespectador se liga a todos os outros e aos participantes em uma rede. O sentir-se conectado responde em grande medida pelo fascínio gerado pelo gênero", afirma a antropóloga Esther Hamburger, da Universidade de São Paulo (USP)

Qual foi a guerra mais curta da história?

Foi um conflito ocorrido no final do século 19 que durou apenas 45 minutos, só a metade de um jogo de futebol! Ele envolveu a Inglaterra e um sultão da ilha de Zanzibar, no leste da África. Ingleses e alemães disputavam o controle territorial da região, que estava sob influência dos britânicos. Quando o sultão de Zanzibar morreu, em 1896, um de seus filhos ocupou o trono com apoio da Alemanha, irritando os ingleses, que temiam perder poder na área e exigiram sua renúncia. Em resposta, o novo sultão reuniu um exército de 2 500 soldados de origem árabe e declarou guerra aos britânicos. Pouco antes de a crise estourar, a Inglaterra, prevendo a encrenca, já havia enviado para a região uma pequena frota de canhoneiras. Essas embarcações de guerra bombardearam a ilha no dia 27 de agosto de 1896 e obtiveram a rendição do novo sultão de Zanzibar menos de uma hora depois de iniciado o conflito. Mas essa é uma guerra que pertence apenas às listas de curiosidades, não tendo causado maiores conseqüências. Já no século 20, duas das guerras mais curtas da históriadeixaram marcas permanentes no cenário político do Oriente Médio, criando problemas que se estendem até hoje. Uma delas foi a Guerra de Suez, em 1956, que durou em torno de uma semana, opondo Inglaterra, França e Israel contra o Egito, pelo domínio do Canal de Suez - que ao fim dos combates permaneceu sob controle egípcio. Outro conflito relâmpago e ainda mais marcante do século 20 foi a Guerra dos Seis Dias, travada em 1967, quando Israel derrotou as forças árabes do Egito, da Síria e da Jordânia em menos de uma semana, como mostra o infográfico destas páginas.